uma época em que se salientam mais os perigos do Sol que os próprios benefícios (característica inversa de "outros tempos" em que não havia preocupação com o decréscimo da camada protectora da Terra - ozono - em relação aos raios ultravioletas), nunca é de mais alertar para os cuidados que ao longo do ano, mas especialmente durante a época balnear, devem ser uma constante.
Os pais e educadores têm uma tarefa acrescida no já extenso rol de tarefas relacionadas com filhos: a protecção da pele sensível das crianças quando expostas directamente à luz solar. A fim de as proteger de patologias dermatológicas (que vão do simples escaldão ao cancro de pele), de envelhecimento cutâneo prematuro e de reacções de fotossensibilidade na idade adulta importa começar bem cedo esta luta contra os inimigos da pele.
Durante a época balnear, a protecção passa por aplicação de protector solar, não exposição entre as 11 e as 16 horas, uso de chapéus, de preferência com abas ou palas, uso de roupa de algodão e sombra sempre que possível. Estes hábitos devem ser incutidos desde o início na vivência da criança e nada melhor que o exemplo transmitido pelos pais. Devem ser estes os primeiros a repetir acções que demonstrem à criança a importância de determinados cuidados. Dialogar, alertando e explicando os perigos do sol, também pode ser uma estratégia a adoptar. Mas porque nem sempre é fácil mobilizar a paciência ou o entendimento das crianças, a firmeza e constância dos pais aquando da colocação de protectores solares, chapéu e da proibição de exposição nas horas mais nocivas não deve ser quebrada.
Ao contrário do que é comum pensar-se, até as peles mais morenas necessitam de ser protegidas. E nem só na praia ou na piscina é obrigatório o uso de protector: a sua utilização deve ser um comportamento a adoptar sempre que se realizem actividades ao ar livre. A atenção deve ser redobrada nos dias nublados, em que o calor não se faz sentir tão intensamente mas os efeitos dos raios ultravioletas continuam presentes.
Existem idades em que é mais adequado iniciar as exposições directas ao Sol.
O Ministério da Saúde aconselha que as crianças até um ano de idade não recebam luz directa do sol. Para alguns dermatologistas é preferível que as crianças até quatro anos vistam sempre uma t-shirt. Quanto ao uso de protector, a recomendação do Ministério vai para o uso do mesmo apenas a partir dos seis meses de idade sob pena de se correrem riscos de toxicidade. A partir dessa idade o pediatra deverá aconselhar o tipo de protector e o factor de protecção mais adequados para a criança.
Os protectores devem ser aplicados cerca de 20 a 30 minutos antes da exposição solar e renovados de duas em duas horas. Ainda que se utilizem protectores resistentes à água a aplicação deve repetir-se após a criança tomar banho. Se houver muita transpiração, por exemplo após praticar um desporto, é igualmente conveniente o reforço de protector solar.
Paralelamente, podem ter-se outros cuidados que poderão reforçar o grau de protecção oferecido pelos hábitos anteriormente referidos, nomeadamente a alimentação rica em alimentos da época, fruta e legumes frescos, abundância de líquidos e refeições ligeiras evitando os fritos e alimentos pesados. Protegidas desta forma, as crianças poderão usufruir de todas as vantagens dos raios solares que ajudam na síntese de vitamina" D", protagonista na prevenção do raquitismo e da osteoporose, e favorecem a absorção do cálcio que fortalece os ossos.
Para além de ser um óptimo "remédio" é considerado também um estimulante natural e gratuito da boa disposição!
O sol dá-nos energia e muita alegria. Sabe bem passear nas ruas e parques, aproveitando o dia e o bom tempo!
Mas há que ter cuidado com a exposição do nosso corpo aos raios solares, porque alguns deles são nocivos.
Quem deve ter mais cuidado com o sol? Os bebés, as crianças, as mulheres grávidas, os idosos e as pessoas de olhos e pele clara, ou com antecedentes familiares de cancro de pele.
O saco de praia
O teu saco deve ter sempre os seguintes objectos:
- Boné ou chapéu de abas largas
- Óculos de sol para filtrar os raios UVA e UVB (raios infra-vermelhos e ultra violetas)
- Uma t-shirt
- Calcões ou fato de banho
- Creme solar de protecção para UVA e UVB, índice 50 (pelo menos)
- Uma garrafa de água
O creme de protecção, para estas idades, deve ser de protecção total e deve levar-se ainda um guarda sol e um vaporizador de água.
O que fazer quando estamos na praia:
- As nossa primeiras idas à praia devem ser curtas, sendo progressivamente alongadas. Mas tem atenção: nunca estejas muitas horas seguidas ao sol e evita-o no período entre as 11 e as 16 horas.
- O creme protector deve ser aplicado meia hora antes de ir para a praia, devendo-se repetir a sua aplicação de duas em duas horas, ou sempre que tomamos banho.
- Alguns medicamentos, perfumes e desodorizantes em contacto com os raios solares podem causar alergias. Se tal te acontecer, fala com os teus pais.
- Protege os sinais da pele com um creme e vigia a sua evolução. Caso observes alterações, informa os teus pais e consulta um dermatologista.
- Cuidado com o uso dos bronzeadores, pois podem agravar os efeitos nocivos do sol.
- Mesmo quando já estiveres bronzeado, deves continuar a proteger sempre a pele.
- O guarda-sol diminui a intensidade das radiações solares, mas não protege integralmente.
E mais três conselhos:
- Os bebés e crianças com menos de três anos devem estar sempre à sombra, proteger a pele com creme de protecção total, vestir uma t-shirt e usar chapéu na cabeça.
- No carro, os teus pais devem equipar os vidros com telas protectoras e evitar viagens nos períodos de maior calor.
- Nunca te esqueças, nos dias de muito calor, bebe muita água para não desidratares